Escrevi os versos abaixo em 1962, aos 12 para 13 anos, quando fazia o ginasial no seminário dos padres paulinos, no quilômetro 17,5 da Rodovia Raposo Tavares, perto de Cotia. Meu professor de português gostou muito e levou para casa pra mostrar pra mulher. Dei o nome de Primavera, mas depois, quando voltei para Santos, meu irmão Albano disse que Psicose era melhor. E assim foi feito.
E na manhã primaveril do campo,
A flor mais linda dos jardins do mundo
Surgiu-me a mim envolta pelo manto
Do fino orvalho de um amor profundo.
E nela eu descobri tanta beleza,
Toda beleza, o esplendor da vida,
Que o coração tomado de tristeza,
Temi perdê-la, a minha flor querida.
Enlouquecido a destalei do galho.
Assassinada, mas só minha.
E pura
E a derradeira lágrima de orvalho
Rolou-me pela mão que a tem.
Segura